É considerado pré-termo ou prematuro os nascimentos anteriores a 37 semanas de gestação.
Pesquisas recentes mostram que a prematuridade está associada não só a conhecidos problemas graves, como também prejuízos sutis relacionados com atenção, funções executivas, linguagem, habilidades visuoperceptivas e função motora fina.
Por isso, qualquer informação sobre um nascimento prematuro, mesmo que a prematuridade não seja muito grande, deve ser valorizada e considerada como um possível componente dos quadros que representam as dificuldades de aprendizagem.
A prematuridade pode interferir no desenvolvimento cerebral, assim afirmam artigos de revisão de Zomignani, Zambelli e Antonio (2009) que reúnem estudos por meio de exames de neuroimagem que mostram que a prematuridade pode levar a alterações anatômicas e estruturais do cérebro devido à interrupção das etapas de desenvolvimento pré-natal. Essas alterações podem causar problemas cognitivos e motores. Isso repercute diretamente nas atividades de vida diária e na vida acadêmica.
O olhar cuidadoso sobre essa criança permite a detecção de possíveis atrasos e, com isso a intervenção precoce, tendo maior chance de sucesso futuro.
Esses estudos recentes mostram a relação entre a prematuridade e atrasos no desenvolvimento, mas atentam para a observação e cuidados precoces.
É inegável a importância de informações aos pais e profissionais que acompanham esse bebê ou criança, pois poderão atuar na prevenção precoce podendo assim, sanar ou diminuir as interferências desses atrasos na vida diária e acadêmica desse indivíduo.
Nota: Fator de risco significa que é um fator que contribui para tal situação, mas não quer dizer que seja algo exato.
Fonte: ROTTA, N.T., FILHO, C.A., BRIDI, F.R.S. Neurologia e Aprendizagem: abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2016.